Um Cafeólatra

     Tod os nós temos um sonho, um objetivo, algo para correr  atrás, algo que nos motive.      Algumas pessoas planejam demais o modo de como  realizar seu sonho, as vezes demora, mas com esforço tudo se realiza, sem desistir e com muita determinação.      Nunca sabemos se algo realmente vai dar certo, dá um  friozinho na barriga só de pensar as vezes, questões brotam em nossa mente como um turbilhão, lugares que queremos visitar, faculdade que almejamos cursar ou o trabalho que queremos estar, pessoas que pretendemos conhecer, entre outros diversos tipos de sonhos.       Acho que temos que tentar, com todas as forças, correr  atrás disso, sem fraquejar e se acontecer levantar e seguir novamente em busca do que cobiçamos.      Às vezes achamos que não conseguiremos por conta d e  dinheiro, saudade, apego a um lugar/pessoa, medo de ser julgado ou simplesmente por falta de autoconfiança.             Nunca podemos parar, temos sempre que estar em constante evolução de p

      Era um relacionamento normal, como todos os outros. Ele fazia de tudo para vê-la sorrir, era carinhoso, dava amor, se passaram um, dois, três meses e pouco a pouco o racionamento foi sendo moldado, como a argila, as mãos que moldaram o racionamento foram regras, regras que ele mesmo crio.        Agora ela não poderia mais sair com seus amigos caso houvesse outro garoto ao meio do círculo social dela, foi obrigada a acabar com todas suas amizades masculinas. Com o passar do tempo não podia nem sair com suas amigas, segundo ele era o melhor para o relacionamento dos dois.       No início ela aceitou e lidou com o fato de ele estar privando-a das coisas pelo fato ter criado em sua mente que ele só queria protegê-la, era isso que ele falava para fazê-la aceitar.        Esse relacionamento começou a se desgastar e com o passar dos meses todos seus amigos se afastaram, ela começou a se dar conta de que aquilo havia passado dos limites, que não vivia em um namoro vivia em uma pr

      Éramos irmãos, irmãos de mãe e pai diferentes, ela morava ao lado da minha casa branca, íamos um na casa do outro todos os dias, éramos grudados.       Saíamos juntos, ríamos, confiávamos um no outro, assistíamos séries e filmes juntos, até que um dia você teve que se mudar de escola, no começo tudo continuou igual, você passa bastante tempo lá em casa, saíamos bastante.       Com o passar do tempo tudo mudou, foi questão de você fazer novos amigos que me esqueceu, nunca mais me chamou, quando me via na rua estava sempre em grupo com umas três ou quatro pessoas.        Um dia estava sentando em uma cadeira em frente à minha casa, vendo filmes e você me chama, conversamos um pouco e me convence de que agora será diferente, apóia suas mãos no muro e pula o mesmo como de costume, naquele tarde fizemos o de sempre, o que antes era nossa rotina. Você até me convidou para sua festa de aniversário.       Achei que estava tudo bem de novo que tinha recuperado minha melhor amizade

     Estava em casa olhando algumas fotos salvas em meu computador, passando as todos do tempo do ensino médio começo a relembrar daquele chuvoso, mais um dia chato e normal da minha rotina, acordei cedo, fui para a escola, estudei, quase dormir... porém nesse dia eu perdi o horário enquanto copiava as coisas apressadamente para não ficar sem o conteúdo no caderno, me atrasei, me atrasei para pegar o meu ônibus.       O pátio da escola estava completamente vazio se não fosse pela presença de um grupo de umas sete pessoas mais ou menos. Coloco meus fones de ouvido e começo a ouvir minhas músicas de sempre sozinho em um silêncio mortal, deslizo minhas mãos geladas pela minha barriga até encontrar meus bolsos quentes e confortáveis.       Aguardo o ônibus até que ouço uma voz suave e calma se dirigindo a mim, não entendi uma palavra do que a garota de cabelos pretos havia me dito por conta dos fones, retiro os mesmos para poder finalmente escutar o que ela tinha a me dizer, começou

      Estou sentado no telhado da minha casa, olhando os fogos de preenchiam a escuridão do seu. É ano novo. Todos animados, festejando a chegada de 2018.       E aqui estou eu, a alguns metros do chão, refletindo por não ter feito nada em 2017 e por tudo ter dado errado.       — Será que sou o único desanimado nisso?  — Falo para mim mesmo arremessando uma pedra para o chão.       — Não...  — Ouço uma voz atrás de mim. É a doce e calma voz de Ana, minha prima mais velha.  — Você não é o único que está desanimado.       — Oi, Ana. Senta aí.  — Vou um pouco mais para o lado dando espaço para ela sentar-se.       — Por que está aqui? No telhado olhando os outros se divertirem? Por que você não está se divertindo?       — Pois eu não fiz nada de útil o ano todo, o ano todo eu não fiz nada. E é tarde de mais para correr atrás das coisas agora.  — Cruzo os braços e olha para baixo.       — Claro que dá, sempre tem tempo para tudo. Talvez seja tarde mais para começar de novo, mas n